O Congresso Científico Multidisciplinario Redilat 2021, organizado pela Revista Científica Ciência Latina, debateu temas importantes para a ciência mundial. Entre eles, o neurocientista, PhD e biólogo, Dr. Fabiano de Abreu, discursou sobre os prejuízos causados pelo mau uso da internet para representantes de diversos países da América do Sul.
De acordo com ele, é necessário explicar sobre os problemas cognitivos gerados pelo excesso de exposição às telas, principalmente, em lugares como a América latina, que tem um nível de ansiedade maior por conta de recorrentes problemas sociais e políticos. “Por conta dessas questões, buscam-se mais as redes sociais para encontrar recompensa e aliviar essa ansiedade. Porém, isso pode ser uma prática que culmina em um efeito contrário”, afirma.
As redes sociais ativam o sistema de recompensa do cérebro e geram a liberação de dopamina, que causa uma sensação de bem estar e alivia os sintomas da ansiedade. Porém, o alívio gerado pela liberação da dopamina não é sempre o mesmo, assim, buscam-se sempre mais razões para liberar a substância e, sem o alcance das expectativas, mais ansiedade acontece. “É um ciclo vicioso que propicia a liberação de cortisol, causando a baixa da imunidade por exemplo. Além disso, existe uma cultura de não absorção de conhecimento nas redes sociais e isso atrofia o córtex cerebral. Desse modo, a capacidade de dominação de emoções é reduzida e transtornos como a depressão podem surgir”, detalha o Dr. Fabiano de Abreu.
O neurocientista acredita que, em países mais pobres, as redes sociais também são uma alternativa para tentar gerar lucro, por isso, o consumo de internet é diferenciado entre os países. “Tudo isso interfere na educação e na plasticidade cerebral que é fundamental para o desenvolvimento da inteligência”, pontua.
O tema debatido chamou atenção de pesquisadores e o neurocientista foi convidado para fazer parte do comitê da Revista Científica Ciência Latina, o maior grupo de revistas científicas da América do Sul, fato que é marcante para o Brasil, pois ainda não há representação do país dentro do grupo.
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De acordo com ele, é necessário explicar sobre os problemas cognitivos gerados pelo excesso de exposição às telas, principalmente, em lugares como a América latina, que tem um nível de ansiedade maior por conta de recorrentes problemas sociais e políticos. “Por conta dessas questões, buscam-se mais as redes sociais para encontrar recompensa e aliviar essa ansiedade. Porém, isso pode ser uma prática que culmina em um efeito contrário”, afirma.
As redes sociais ativam o sistema de recompensa do cérebro e geram a liberação de dopamina, que causa uma sensação de bem estar e alivia os sintomas da ansiedade. Porém, o alívio gerado pela liberação da dopamina não é sempre o mesmo, assim, buscam-se sempre mais razões para liberar a substância e, sem o alcance das expectativas, mais ansiedade acontece. “É um ciclo vicioso que propicia a liberação de cortisol, causando a baixa da imunidade por exemplo. Além disso, existe uma cultura de não absorção de conhecimento nas redes sociais e isso atrofia o córtex cerebral. Desse modo, a capacidade de dominação de emoções é reduzida e transtornos como a depressão podem surgir”, detalha o Dr. Fabiano de Abreu.
O neurocientista acredita que, em países mais pobres, as redes sociais também são uma alternativa para tentar gerar lucro, por isso, o consumo de internet é diferenciado entre os países. “Tudo isso interfere na educação e na plasticidade cerebral que é fundamental para o desenvolvimento da inteligência”, pontua.
O tema debatido chamou atenção de pesquisadores e o neurocientista foi convidado para fazer parte do comitê da Revista Científica Ciência Latina, o maior grupo de revistas científicas da América do Sul, fato que é marcante para o Brasil, pois ainda não há representação do país dentro do grupo.
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Publicado por
Jennifer da Silva
MF Press Global
em 15/12/2021 às 18:00