Durante quase toda a minha vida ouvi que “o povo tem o governo que merece, pois é quem escolhe”, e até algum tempo atrás concordava parcialmente com esta ideia. Por que “parcialmente”? Devido àqueles que votam por modismo, “efeito manada” ou manipulação midiática, não sendo uma escolha consciente, mas que podem alterar o resultado final do sufrágio, independente se são eleições majoritárias ou para o governo local.

Desde quando o Brasil passou a usar as urnas eletrônicas sou adepto de uma certa “teoria da conspiração” que diz que os equipamentos poderiam ser manipulados. Afinal, uma simples troca de uma única linha de comando no programa do equipamento alteraria qualquer resultado, seja durante o processo de votação ao longo do dia, seja na apuração final.

Agora vemos o presidente da república trabalhando intensamente pelo voto impresso e auditável através de assessório incluído aos equipamentos originais. Ele está sob uma poderosa oposição política e jurídica. (Veja o artigo Presidente defende voto impresso nas eleições durante live do AgênciaBrasil)

Faço uma pergunta aos leitores desta coluna: Por que seria uma ação antidemocrática se houver a possibilidade de auditar uma, algumas ou todas as urnas eletrônicas através de correlatos votos impressos? Quem souber me diga.